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o tritão

 

viria a nado

nadando costas

vestindo nada

 

dar com os costados

à orla da ilha

à enseada

 

onde eu prostrada

em pedras

de joelhos

 

as mãos em concha

postas em ostras

como pétalas

 

pesco as escamas

seu corpo em postas

em chamas

 

pisco nas pregas

das pálpebras

 

no risco da virilha

entre as coxas

 

seus olhos vermelhos

pretos como pérolas

roxas

 

 

 

2 Responses to “o tritão”

  1. nadando costas
    vestindo nada

    diria o SOL
    – fingindo
    tapar o olho

    que descarada

  2. Maíra Novoa says:

    Adoro sua escrita. Passo aqui sempre. Não esqueço da prima(?) que é amiga das palavras. Também escrevo algumas coisas. Será genética?

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