Posted in Uncategorized on Sep 1st, 2019
, que nessa vida tudo passa menos isso , essa batida desde o início esse gongo : o passado é só um vulto não tem volta , o futuro é só promessa não se alcança ; somente o mar do longo agora nunca cessa sua dança ,
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Posted in Uncategorized on Jul 31st, 2019
penso que o invisível é denso e flexível como uma rolha . que o vazio é imenso como é vasto o verso de uma folha . que o universo é vivo como é viva a bolha quando explode . li que a terra é oca como o céu da boca é lindo quando morde . […]
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Posted in Uncategorized on Jul 17th, 2019
, desconfio de quem sabe traz certezas diz verdades , desconfio dos covardes dos convictos dos sofistas , desconfio de quem cita nomes números estatísticas , diz que leu mas não escuta não se enxerga não medita , desconfio dos honestos dos carolas beneméritos , desconfio do presente do futuro do pretérito , desconfio da […]
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Posted in Uncategorized on May 21st, 2019
, sucumbo aos demônios ao fosso sem fundo dos neurônios , sucumbo ao jornal o mundo tão mal tão bonito , sucumbo ao bendito cansaço da idade , sucumbo à inutil- idade do poema , sucumbo ao sistema nervoso simpático , sucumbo ao estado civil antidemocrático , sucumbo ao buraco negro da galáxia , sucumbo […]
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Posted in Uncategorized on Apr 15th, 2019
saturno anda brabocom sangue nos olhoscom fogo no raborubro do dragão com a faca no denteplutônio na menteespada na cintagilete na mão (bãobalalãosenhor capitão) com marte na ideia com a morte na sombracom um corte na frontecom a sorte na mão nem júpiter salvanossa-dama dalvada hermética chamadessa escuridão (bãobalalãosenhor capitão)
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Posted in Uncategorized on Jan 25th, 2019
o país na lama o diabo gosta o mercado ama a bolsa aposta ; bolsa de bosta .
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Posted in Uncategorized on Dec 23rd, 2018
a grade cimento ao sol stício por.to do início .
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Posted in Uncategorized on Dec 20th, 2018
, me mima me vê menina me espêlha me encara me escaravélha ; minha mãe me ensina a ficar velha .
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Posted in Uncategorized on Nov 7th, 2018
“memento mori” lembre que morre (todo momento) . diga: eu vou. mo.rrer. . hoje é mais um pobre ontem foi seu pai amanhã você . antes de julgar quem quer dar o cu ou fazer aborto , se pergunte o que você vai fazer sem seu corpo morto ? sem seu falo um trapo sua língua […]
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Posted in Uncategorized on Sep 15th, 2018
vai, malandra ; na cama, leoa na sala, mandra .
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Posted in Uncategorized on Sep 4th, 2018
depois do desleixo somente a pedra flutua sobre os escombros , como se um seixo da lua escorasse a terra nos ombros .
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Posted in Uncategorized on Aug 15th, 2018
dormir é um ato político um auto-exílio hipnótico manifesto antropo-lírico contra a prisão dos relógios ilusão, surto narcótico delírio hipnagógico meu anti-artefato bélico rito mágico secreto retro-projetor onírico inutensílio profético retratando a inexistência dos tais sujeitos e objetos filmando a desimportância do meu teatro de afetos meus amores, medos, ódios […]
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Posted in Uncategorized on May 25th, 2018
tudo greve nada grave não tem barca vou a remo não tem diesel temos bike não tem deus rezo pro demo perco um amor ganho um like .
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Posted in Uncategorized on Apr 28th, 2018
a rua DORME cozinha em ORDEM sozinha eu MEDRO a lua MORDE ,
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Posted in Uncategorized on Apr 5th, 2018
lamento que gozes do afã doentio dos algozes do gozo violento do gentio num linchamento da fé malfazeja da mão que apedreja da injustiça cega da multidão que ainda prega um homem na cruz que só atiça a fome de carniça dos urubus e dos patos … não use o nome de jesus pra ser […]
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Posted in Uncategorized on Dec 14th, 2017
+ – â nodo cá todo eu tudo ele trodo cor rente conti nua alter nada ta tua na gente ser pente céu rasga or gasma fico vesga fico plasma tempo curto sinto muito eu surto te curto circuito – +
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Posted in Uncategorized on Dec 14th, 2017
meu limão meu limoeiro galego ou siciliano limão-cravo ou tahiti … se a vida me dá limão de março até fevereiro vou fazendo por aqui caipirinha o ano inteiro .
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Posted in Uncategorized on Sep 24th, 2017
minha história se demora no relógio do longo agora ; mecanismo sem refúgio onde cismo como um gongo o tempo inteiro ; sem ponteiro sem hora sem saída ; não há vida lá fora .
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Posted in Uncategorized on Jul 6th, 2017
a ilha me molha alhures alguém me olha além do arco-íris
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Posted in Uncategorized on Jun 20th, 2017
solstício de inverno : ser sol no frio é difícil , nascer é eterno .
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Posted in Uncategorized on Mar 7th, 2017
decerto sede excede nome fome papo reto objeto homem some longe esperto come quieto . .
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Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2017
lição do demo: demo lição
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Posted in Uncategorized on Feb 21st, 2017
meu pecado é a preguiça de ir à missa nesse templo de acordar dia atroz dia nesse tempo sem poesia a história nesse passado obscuro nesse agora sem futuro a que voltar , até quando essa miséria até quando ? nós boiando num ponto ao sul desse bólido nesse […]
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Posted in Uncategorized on Dec 13th, 2016
, sinto em mim as dores das poetas mortas seus amores tristes seus caminhos vãos , vejo em outras mãos agora tão minhas suas vidas linhas mal-traçadas tortas , e as formas tão certas da sua poesia companhia assídua das noites desertas , página vazia artérias abertas em árdua sangria , a guerra perdida e […]
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Posted in Uncategorized on Oct 11th, 2016
se disséssemos quanto pelo não dito se fizéssemos muito pelo não feito se soubéssemos tudo , qual seria o futuro do nosso pretérito imperfeito ?
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Posted in Uncategorized on Oct 10th, 2016
numa velha foto minha me vi de dentro pra fora com os olhos que eu tinha , vocês de agora me contem : quanto tempo ainda demora pra ontem ?
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Posted in Uncategorized on Sep 20th, 2016
não sou eu que falo a língua é a língua que me lambe lambe as letras do meu nome lambe o leite em minhas tetas lambe o sangue da ferida lambe a vida que é tão pouca que não cabe em minha boca lambe a carne lambe a fome lambe o […]
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Posted in Uncategorized on Sep 18th, 2016
, o omisso nunca confessa se prefere isso ou essa , não diz não nem sim faz graça disfarça que tá com pressa , te serve um chá de sumiço casa e muda de endereço só pra não pagar o preço , o omisso sempre sai cedo , o omisso já vai tarde , no fundo o omisso […]
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Posted in Uncategorized on Sep 8th, 2016
, no precipício era o verso o universo estava vazio de deus ninguém se ouvia morreu. e o verbo que não poesia fazia frio mas era eu .
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Posted in Uncategorized on Sep 2nd, 2016
é golpe sim porque é baixo golpe macho golpe sujo indireto de direita é golpe que desrespeita os votos da maior parte em favor do dito cujo é golpe porque é covarde é gás no olho que arde é cassetete na nuca é golpe porque machuca
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falar diz farsa … como(ver dá de) graça, o ho(mem tira .
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Posted in Uncategorized on Aug 22nd, 2016
pra matar um grande amor é preciso ser pequeno e estreito como um punhal , feito de aço e veneno feito de pele e de ossos de gozo e vício , pra golpear sem remorso o mesmo peito onde existe , como um deus cruel que assiste ao seu próprio ritual de sacrifício […]
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Posted in Uncategorized on Aug 17th, 2016
morrer é um estado mudo um descansaço de tudo , o peso suspenso num mundo imenso e vazio , o tempo ancorado no fundo macio do espaço .
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Posted in Uncategorized on Jul 5th, 2016
o relógio enrosca o tempo com desvelo como fosse um novelo de algodão doce estica um fio de cada pêlo difuso como o fuso de uma roca , não nasci pra ser fiapo nesse pano um dia escapo deste plano num buraco de minhoca
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Posted in Uncategorized on Jun 21st, 2016
o sonho é um filme disperso sem continuísta ao sair desta sala não diga jamais hasta la vista quem vos fala nunca mais será vista no universo talvez este verso também não exista
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Posted in Uncategorized on May 21st, 2016
vazio é meu nome minha fome é um rio que nasce em você e corre pra trás ; lembrar é morrer nesse leito frio por uma vez mais
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Posted in Uncategorized on May 3rd, 2016
no seu plano um certo atraso no meu trajeto um engano descaminhos (e a sombra do sol se dobra sobre o oceano que arde) antes tarde que sozinhos. o poente estende o prazo poesia é o tempo que sobra , a gente se encontra por obra do ocaso […]
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Posted in Uncategorized on Apr 25th, 2016
a garça aprecia a luz desse dia que passa sem pressa ou lamento seu pensamento atravessa de vento a espessa fumaça da refinaria
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Posted in Uncategorized on Apr 20th, 2016
no mundo e nas minhas pregas , acima e embaixo : regras
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Posted in Uncategorized on Mar 31st, 2016
meço com o canto do olho a cor do vazio no espelho , recolho um reflexo frio : desvio para o vermelho
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Posted in Uncategorized on Feb 28th, 2016
‘ convite aberto e intransferível ao homem certo solto no mundo longe tão perto que me confundo tão invisível que quase toco ouço tão nítido que até vejo fora de foco golpe de vento cheiro tão vívido de novos tempos que ainda me lembro daquele beijo que nunca demos ‘
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Posted in Uncategorized on Feb 25th, 2016
entre a festa e a miséria de um dia medonho a carne partida é a fresta , a vida é um rio que vaza e infesta a casa de um sonho vazio
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Posted in Uncategorized on Feb 2nd, 2016
se choro tanto é porque fervo até doer o nervo que sente prazer sente mágoa o pranto e o gozo são água do mesmo poço
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Posted in Uncategorized on Jan 30th, 2016
abracadabra abro a cabeça com pé de cabra ; a cabra tropeça a fé se dobra ao sórdido agouro do diabo ; ouro de tolo cangalha em couro de touro brabo ; oroboro a cobra me abraça o rabo e se enraba ; a obra que em […]
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Posted in Uncategorized on Sep 3rd, 2015
o mar é um espelho duro que nos corta como um muro o futuro é uma criança morta que a esperança aborta à nossa porta
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lágrima santa lava como água-benta o pé da planta , a chuva lenta se adia até chorar de alegria
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Posted in Uncategorized on Jul 25th, 2015
deuses sem dedos jogam dados viciados ; o medo é um buraco cercado de vácuo pelos seis lados
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Posted in Uncategorized on Jun 23rd, 2015
você pode fumar o seu ópio você pode beber o seu gim você pode enganar a si próprio mas não a mim
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Posted in Uncategorized on May 17th, 2015
você mora no muro entre o fora e o furo do ventre entre o escuro e a escora entre o agouro e o agora e sempre
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claro como o mar onde meu olho nada : nada a declarar .
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